Estamos sempre tentando fugir do açúcar, embora seja difícil. Para os diabéticos essa tarefa é ainda mais difícil. Se identificou? Não só as pessoas que têm diabetes, mas todos, precisam controlar a carga glicêmica da alimentação e não consumir açúcar branco. Controlar a carga glicêmica significa não consumir carboidratos simples isoladamente, pois esses tem a capacidade de chegar muito rápido a nossa corrente sanguínea, causando uma enxurrada de glicose. Não é bom pra ninguém, muito menos para os diabéticos.
Por isso, buscamos alternativas mais saudáveis para você não deixar de sentir a doçura que tanto agrada ao paladar. São opções mais naturais e que não sofrem tantos processos químicos:
Mel: produzido a partir do néctar recolhido das flores e processado pelas enzimas digestivas das abelhas, adoça e contém proteínas, sais minerais e vitaminas, além de propriedades medicinais como a ação antibacteriana.
Açúcar mascavo: é extraído da cana-de-açúcar depois do processo de cozimento e antes de refinar. Também tem alto valor nutritivo, com vitaminas, minerais e proteínas.
Melado de cana: líquido escuro é extraído da cana-de-açúcar e contém sais minerais como ferro, cálcio, potássio e fósforo, entre outros. Além de alimento, no interior ele é usado para auxiliar na melhora dos quadros de anemia e prisão de ventre.
Açúcar de coco: produzido a partir da seiva dos botões das flores de coco.
Stevi: é um adoçante natural derivado de plantas da América do Sul, vendido em pó ou líquido. Possui algumas características interessantes: a stevia não provoca picos de insulina após a ingestão, ao contrário do açúcar que conhecemos. Pode adoçar até 300 vezes mais que o do açúcar, por isso, é usado em doses bem menores do que o açúcar ou os adoçantes tradicionais.
Atenção aos rótulos: algumas marcas anunciam seus adoçantes com stevia, mas na verdade eles não são feitos 100% desse adoçante natural e levam uma mistura de adoçantes artificiais.
Outra dica importante: é preciso entender que o gosto, o paladar, é aprendido culturalmente. Ninguém nasce gostando de café adoçado, por exemplo. A gente simplesmente se habitua ao gosto do café com açúcar. É muito importante aprender qual é o gosto natural dos alimentos.
Precisamos reeducar nossa mente, mas também a nossa língua que se acostumou com os sabores doces, superestimulantes dos industrializados e voltar a perceber os sabores dos alimentos reais.
E lembre-se que adoçar é estratégia apenas para realçar o gosto natural dos alimentos, e não para ocultar o verdadeiro paladar. E opte sempre por opções mais saudáveis.
Larissa Mathias, nutricionista Hortifruti.